7 de dez. de 2009

Creepylândia

Meu quarto revirado retrata algo "creepy" que está por vir. Sentirei falta de caminhar por entre sweaters e jeans atirados ao chão. Ouço um filme ao qual não assisto, passo o dia todo pensando em algo realmente digno à se escrever. Não conheço mais aquelas regras e coisas gramaticais, estou esquecendo minha língua nativa pouco à pouco, e não pareço fluente em mais nada. HAHAHA. Não que me sinta depressivo por isso, de fato, até soa um pouco cômico. Sinto náuseas misturando palavra por palavra, caderno por notebook e aquele burrito que não aguento mais ingerir. A vida naquele monótono colégio está se encontrando aos poucos. Parece que faço parte de um show só meu, e sinto que alguém me assiste. Ano que vem prometo mais viagens, um racionamento econômico e um livro pré-acabado. Não vou ser famoso, não vou comprar um Porsche, mas acho que o Mustang 76 "tá de bom tamanho". :P

3 de dez. de 2009

Côncavo

Revivendo certo momentos nostálgicos, lembrei de hábitos aos quais me faltam, histórias que ainda não terminei de contar e, por fim, trilhas as quais jamais caminhei. Minha vida não tem um certo começo, acredito que a cada conquista, uma nova era se inicia. Novos obstáculos surgirão e toda aquela coisa de sempre. Não ouço mais as mesmas músicas, não toco guitarra, não leio. Mas faço uma porrada de coisas que me fazem seguir em frente e me dão minha vida de volta. Is that bullshit? Tire suas conclusões, acenda um cigarro, pegue um ônibus pra lugar nenhum, viaje e esqueça de tudo ao redor. Acampe, faça amigos, leia um livro, ESCREVA um livro. Rastros de minhas histórias inacabadas. Algumas páginas que por certo momento não me levavam a lugar nenhum. Estou em contagem regressiva, mas dessa vez não serei eu que vou partir.

8 de nov. de 2009

Onde tudo deu errado, um final quase acabado.

Tudo começa com alguma mentira, perguntas sem resposta e uma certa intolerância. Minhas costas ainda ardem, a dor da decepção ainda se torna maior. Como este veículo pode se desviar de rota com tanta frequência? A sensação estranha se reflete em histórias, conclusões e escolhas às quais devo fazer. Sei que nada é tão simples, sei que respeito é a lei e agora tenho certeza de que não sou daqui, não faço parte desse fluxo constante e utópico. Ainda tomo banho de água fria e como aquele frango congelado, que mais me parece comida para cachorro. HAHAHA. Eu broxei :P

5 de out. de 2009

Aos seus escândalos, eles me fazem bem.

Nesse mesmo instante, me encontro outra vez. O caminho que antes me trazia uma certa insegurança, hoje é trilhado em perfeita harmonia. Onde estão aqueles rostos distorcidos e aquele retrato já tão gasto que envelhecia por entre uma suja e velha moldura? Atiro um pedaço de papel sobre pilhas de roupas atiradas ao chão de nosso quarto. A bagunça me conforta. Mesmo quando tudo está tão vazio um pedaço de você caminha sobre está casa. Sinto seu suspiro, vejo seu sorriso por entre o vão da janela. Nada disso teria sentido sem você.

29 de set. de 2009

É isso dói....

Eu não aguento mais essas discussões, queria que por um momento, nossa história tivesse um final feliz.
Eu te machuco, você me machuca. Não consigo entender o porquê de agirmos dessa maneira. Se isso se chama amor porque tantas flechas são atiradas contra nossos peitos? Você é minha inspiração, algo que me faz bem e a cada dia acordar com um sorriso estampado em meu rosto. Com todos os seus defeitos, eu encontro em você a perfeição. Em seus olhos, encontro aquele brilho que tanto faltava em minha vida. Posso gritar com toda a segurança, com toda a certeza: Eu sou feliz.Eu estou completo, e não quero jamais que me acordem desse sonho. E se um dia eu vier a acordar, espero que seja ao seu lado.

24 de ago. de 2009

Não me encontro diante de tantos rostos indiscretos.

Porque tudo tem de ser assim, pateticamente inconstante? Eu sei que as duas pílulas que tomei não me fizeram mal, a dor vem do coração. Não sei quantas batalhas mais irei suportar, me parece que esta guerra nunca terá o seu fim. Eu tento me manter intocável, procurando algum rastro de proteção por entre minhas mãos ou até mesmo a minha velha e suja camisa. Não tenho inspiração, as palavras me fogem quando busco algo sensato a dizer. Eu não estou em minha verdadeira forma, não tenho amigos, não tenho ombros aos quais possa livrar o peso que sufoca a minha alma. Ontem eu estava bem, hoje não há mais nada aqui que me faça seguir em frente, que me faça de fato, aceitar quem eu sou. Esse teatro todo não se resume a atores e ensaios simplesmente decorados. É a vida de verdade. O Teatro Mágico, o Teatro dos Vampiros ou somente "O Teatro". Segunda-feira uma nova rotina começa, daquelas que podem mudar minha vida para sempre. Só espero que meu medo me libere e possa voltar a voar.

21 de ago. de 2009

O Viajante.

Não tenho um endereço fixo, passei pela mudança mais rápida de minha vida e minha quinta não foi nada além de carregar um Closet por duas quadras. Espero não ter que passar por isso semana que vem. Uma voz dentro de mim se sente confortável, enquanto uma outra, sem nome e sem identidade, insiste em me perturbar. Parece que encontrei meu talento, parece que encontrei meu lugar. Não crio muitas expectativas, pois no fim, tudo acaba dando errado. Tenho lido, tenho escrito. Estas coisas me completam e me fazem sentir útil. Lembrei do ônibus que não tomei, da carona que salvou alguns trocados e das sacolas e malas que carreguei. Meus braços ainda doem um pouco, minha mente está um pouco confusa. Cozinhei e não queimei nada. Acho que esse 21 de Agosto era o que me faltava. Trilha sonora do Babyshambles seguida por um soar de um martelo. Vejo meu rosto refletido por essa tela de computador.

15 de ago. de 2009

Não pensei...

Não estou em minha casa, sinto falta daqueles finais de semana aos quais tanto reclamei. Aquela segurança, por um certo momento, me escapou. Não posso controlar o mundo, mas queria poder ler mentes e saber até onde o quanto pode chegar. Não me diz respeito, talvez. Minha vida segue um fluxo inconstante. Quanto tudo parece estar em seu devido lugar, uma tormenta surge sobre o meu parapeito e se desmancha no ar. Lembrei de um livro, ao qual jamais li. Não sei de que se trata, nem para onde vou. Ontem de manhã, senti alguns flashbacks. Queria voltar para o meu lar, minha doce perdição. Hoje não sei mais quem sou, daqui à duas horas, minha porta poderá estar batendo mas meu feeling diz que meu domingo não será legal.

6 de ago. de 2009

Come Together...

Lucas: She's right here, eating chocolate and biting her nails. We just had seen each other about 3 hours ago. She saw her bestfriend, my roommate, that's why she's so happy. She wears my coat, ask for somethings that I'll never lend her and complains about me. I thought I would never say this, but I like her attitudes.

Masha: Bla Bla Bla...Ha-Ha)))))but I still like my LuKas Esposito...and i hate when he ask me -Are u okey?Are u cold?Are u hungry?and the worse -Take care,bye)And the top irritating phrases-
1.I have to go home.
2.I like u..but..
3.U need bra..
4.Do u have bus card or coins?
5.I'm sorry,but I need my computer,adaptor,iPod.
6.I have ,but not for u.I'm sorry

Lucas: I just do these things, because I am worried about u. Take care OK? And buy the fucking bra!
Maria:NEVER!

28 de jul. de 2009

This is Vegas baby...

We were not ready and the time did not help us. I packed a small piece of luggage quickly, bringing just few pieces clothing, especially tees. I knew that something unexpected would come. Waiting two hours for the train, I threw out a bag with an entire bottle of orange juice and also my new sunglasses. I only realized this two days later. We missed the concert that could have been the best day of our lives. We were stuck in a hotel room, surviving only with the air-conditioner, some Coronas and a old pizza. I sweated for four days and now, I look skinnier. My money was gone even though I did not gamble. In summary, I just wasted time and money. No more trips in the next months. That's too sad.

21 de jul. de 2009

Nostalgia

The Taylor's live in a dark and sad house. Everything there looks so dead, without any evidence of life. They were reminiscing that even on Christmas, the energy of the house looks the same; the gifts and the magnificent dinner do not make any effect.
For this reason, they started to spend more time in the ranch. The celebrations there give energy for all of the family. Even the barbecue makes them as toasty as the sausage. The kids can swim in the lake, go fishing and run across the green and wet garden. It is a kind of family's tradition. They have the ranch for almost fifty-years, forty-eight to be more exact.
The harmony remains there. They also have some animals: Horses and cows, cat and dogs and even a huge chicken coop. That's why they have eggs three times a week. It makes sense now.
The lack of problems in the ranch is impressive. The couple usually goes for a walk through the trees to watch some exotic birds feeding their babies. Their two offspring prefer to climb the rocks or play with the animals.
School, jobs and bills are forgettable things and also the noisy neighbors who every weekend have parties and more parties. Nevertheless, they do not want to think about these problems. They only want to appreciate the sunny and perfect weekend, listening the soundtrack of the birds and the laughter of the kids.

15 de jul. de 2009

20.

Eram por volta de 20:30 quando percebi que tinha duas idades devido ao fuso-horário. Todavia, quando acordar vou ter que erguer a minha placa de vinte anos. Tenho vivido muito esses últimos dias, controlando meus estímulos e tentando caminhar em linha reta. Talvez mude, de casa, de endereço, mas não de personalidade. A idade é só um disfarce, para continuar seguindo aquele mesmo trajeto, um tanto quanto tímido, porém surpreendente. Eu não sei o que quero, mas faço questão de saber o que não quero. Do jeito que está, me conforta. Mas espero que isso não vire uma rotina, que a tevê não perca sua sintonia, e que consiga compreender o que estas trilhas sonoras têm a me dizer. Até agora, elas não me dizem absolutamente nada. Rabisco de giz em minha parede, calendário ao qual nunca vejo as datas e mais um ano que se passa deixando muitas coisas para trás.

12 de jul. de 2009

Leves corais

Descobri o quanto o egoísmo prevalece diante de um Chicken Carbonara. Eu estava morrendo de fome, mastigava até sentir um último rastro do sabor. Não queria repartir com você. Quatro dias consecutivos, eu gostei, eu cansei. Faço como se pratos limpos, sem qualquer motivo específico, estivessem atirados ao chão, e que dormir diante daquele solo tão árduo fosse mais confortável. Pois fim.

9 de jul. de 2009

Hi(gh)...

Passeio em meu quarto num fluxo sem fim, à procura de algo que possa completar a minha noite.
Até o momento, minha vida se encaixa perfeitamente. Viagem decidida na última hora, pessoas me observando e notando o que está à nossa volta. Seja o que for, me faz bem. Me canso e descanso. Fato. Relato. Bem longe de ser boato, obviamente. Não sei como acordarei amanhã, sempre procuro um padrão perfeito, porém longe da rotina constante que me afaga. És o fim, pois minhas idéias, neste momento, estão em conflito.

6 de jul. de 2009

Sephora

Deu certo, por isso estou curtindo em excesso. Na beliche de cima, rabisco algumas frases sem nexo. Trechos, filmes, uísque. Tudo parece estar em seu lugar. Ainda lembro da semana passada, enquanto passava meu tempo me escondendo atrás de outros rostos. Aprendi a gostar de coisas diferentes, aprendi a jogar e a fazer o que não quero. Às vezes isso é bom. Fluência distante, embora sinta que minhas palavras são ditas com uma certa facilidade. Estou crescendo e vendo que pontos de vista definem qualquer parada. Fugi do lugar comum e por certos momentos pareço ter encontrado a minha Lucy.

13 de jun. de 2009

Quinze Minutos de Frio.

Recesso...ao excesso, supremo. Vou estudar jornalismo mas, de fato, não serei um jornalista.
O chocolate nunca teve tanto gosto, o relógio parou, a calça não serviu e eu não gostei da festa.

30 de mai. de 2009

Doce Paranóia.

Eu não faço mais nada além de caminhar descalço e ver minha meia branca mudar de cor. Um tempo ruim, cheguei em casa, doce paranóia. Parece que tudo voltou ao seu lugar. Correção. Minhas dores de cabeça estão cada vez mais presentes, minha face diante do espelho me sufoca. Quem eu sou, o que sou? Rejeição. Sempre pensei ter aquele ar de misterioso, sendo de fato um tanto interessante, porém o meu interesse não passou da introdução. The End Has No End. Eu não leio, eu não estudo, eu não faço parte do que pensei fazer parte. Um bando de gente, a gente ainda vai fazer sucesso. Escreva um livro, conte suas aventuras. Aumente um bocado, o exagero faz fama, por isso nunca pensei em ser famoso.

23 de mai. de 2009

Correções...

Tenho tocado uma música com um acorde só e sem a mínima emoção. Acho que foi assim que apelidaram a depressão. Não que me sinta depressivo ao ponto de fazer coisas estúpidas e vegetar sentado em minha cama. Tenho meus momentos assim, mas na maior parte, me sinto bem. Eu não falhei, sabia disso. Aquele filme me fez viajar, vi que posso me controlar e sentir o vento bater mais forte. Fechei a porta por um instante, mas a abri segundos mais tarde. Estava frio e isso me fez colocar o meu mesmo casaco de todas as noites. Acendi os Beatles e queimei mais um daqueles que estão chegando ao fim.

16 de mai. de 2009

Em surto, agarre seu Donuts e seja feliz.

Um jardim de picles depois que vi um fio cortante atravessar o pescoço daquela árvore caduca.
Eu sinto que o meu "sexto-sentido" está aguçado e os meus casos e acasos impressionam a mim mesmo.
Eu não sabia que tinham essas coisas por aqui, nem sabia que podia voar.
Peguei minha mochila e violão, fui pro parque. O sol batia em meu rosto e o vento corria por entre minha camisa.Sábado passado, sem memórias, sem histórias, sem você. Outra vez.

21 de abr. de 2009

E aquela história se repete em constantes suspiros...

Meus contos estão cada vez mais incompletos. Não posto faz tempo, sigo uma rotina e estou de fato, crescendo. As minhas experiências trouxeram um eu que ainda não conhecia, sendo que este, eu pensava jamais existir. Quero muito, indecisão, solidão concreta desta vez. Aquelas coisas chamadas planos existem, porém sigo uma coisa chamada instinto. Fiz minha apresentacão que aqui soa como "Presentation", faz parte de um show literalmente só meu. I've been walking in a lonely road, but my heart and my feelings are still, strong. Vejo filmes, séries e jornais. Eles dizem tudo, mas entendo somente o contexto.
Não rola troca de olhares, aquela beleza que tanto me cativava é apenas exterior, de que vale olhos azuis se tudo soa tão sem brilho e sombrio?
Eu me sinto bem por estar bem, mas quero um complemento para poder dizer pelo menos "I miss you" e ser correspondido.
De fato, não a fato. O duvidoso se tornou uma certeza e eu não consigo aparecer diante de tantos rostos perfeitos.

21 de mar. de 2009

Ca(Lih)fornia

Ainda que brilhe a noite, alguns rostos continuam apagados.
Eu ja tenho um voo pendente, mas nao sinto minhas asas fortes o bastante para decolar.
Carencia descomunal, necessito de bajulacao. Aqui nao tenho acento, cedilha, nem uma companhia para jogar conversa fora.
Simples acenos numa tarde de quinta-feira e mais nada. Aquilo, em partes, salvou meu dia.
Vejo pais felizes com seus filhos jogando baseball, tudo limpo, tudo tao perfeito, porem inconstante. Acho que devido a isso nao perde a graca.
Nao sei porque, mas essa rotina me conforta, me viro bem aqui.
Big Blue Bus todas as manhas, 4 vezes por dia e fim. Postagem estupidamente sem o menor feeling.

16 de jan. de 2009

Mês Um...

Minhas roupas estão amontoadas em dois bancos prestes a cair. O estranho é que hoje, havia café-da-manhã. Não daqueles com uma grande variedade de frutas e besteiras, mas já era alguma coisa. Bom fim-de-semana, mas era Segunda-Feira. Fiquei repetindo essa frase por horas até desistir de encontrar uma lógica totalmente concreta. Senti-me diferente diante daquelas casas de filmes antigos. Mas de certa forma, me notavam. Preciso de um porre, um daqueles inesquecíveis, com direito a vômito no tênis. 15 dias de contagem regressiva, nada pronto ainda. Imagino possíveis situações, livro de viagem, pontos turísticos, temperatura, fuso-horário e coisas mais. Alertaram-me que nada é de graça, e que os carrinhos para bagagem são pagos. Beirute de quatro - queijos sem catupiry! Não seriam três queijos? Deixa pra lá...só sei que me lembrei de um par de meias.

12 de jan. de 2009

Já vi este filme...

Retratos com cacos de vidros sugerem um final trágico. Notei, quando ouvi a porta bater enquanto esfregava meus olhos naquela fria manhã de segunda. Sim, ela havia partido, e não me disse à que horas nem em que dia pretendia voltar. Levantei rapidamente e corri até a janela. A vi pela última vez, acenando friamente, com uma enorme bagagem, e alguns cortes na sua mão esquerda. Segurava um retrato que representava uma história tão distante.

9 de jan. de 2009

Irritação Momentânea

Passos silenciosos, atiro mais uma bituca ao redor das árvores. Até ontem, sabia quantas haviam, mas percebi que é estranho contar e por isso, me esqueci. Música de fundo um tanto quanto desconfortante. Fecho a porta com um pouco mais de cuidado do que na noite anterior. 8 de Janeiro, ansiedade a mil, meu espelho já perdeu o meu reflexo e só me restam alguns fios.Estou descuidado, despreparado talvez. Felicidade inconstante perante uma fria e silenciosa noite. Dor nas costas ausente, dor no peito presente, bem-vinda à minha casa, agora. Dias diferentes num lugar em que passei boa parte de minha vida. E aquela sessão de tortura informativa de fato, me incomodou. Percebi que sou menos inteligente do que pensava. Não me recordo sequer qual figura de linguagem me atrevi a escrever. Não ocorreu nada mais estranho, estou distante, mas rostos insistem em se aproximar. Bati o recorde do trajeto sofá-quarto e não me sinto tão inútil por isso. Até vi alguns filmes interessantes. Quero partir sem deixar “assuntos” pendentes. Entenda como quiser. Meus olhos ardem, perdi um pouco da noção e do sono. Ainda não chegou o Outono, porém folhas secas caem com insistência.

1 de jan. de 2009

Martírio

São 11 ao todo por dia, eles me fazem bem. Porém, em partes me destroem aos poucos, me sufocam e calculam quanto tempo ainda tenho em vida. Nesse momento, imagino verdes e radiantes jardins sob a paisagem de uma aurora digna de domingo. A impaciência me consome. Olho fixamente o relógio que parece ter parado de girar. Estou completo, mas sinto que me falta alguma coisa. Vícios, desconfortos, dores repletas de amores. Não considero minha juventude perdida. Ouço aplausos, mas não sei dizer ao certo de onde vem, pra onde devo seguir. Pensamento permanente, idéias falsas, sorrisos miraculosos que aliviam meu dia. Gastei todo o meu dinheiro, viajei escondido, fiz as pazes comigo, porém, por favor, entenda, acho que é a minha vez de jogar.
Vamos voltar, se esconder, transar e no fim de tudo, morrer.
“Não tenho dinheiro para pagar a minha droga”. Devo prosseguir? Aquela sensação de novo.
Já consigo ver os aviões decolarem. A Heineken esquentou, o cigarro já se apagou e o sol lá fora não tem tanto brilho diante de tantas nuvens.