9 de ago. de 2010
A festa dos corpos voadores.
Antes mesmo que sua razão pudesse se manisfestar, Mr Lewis já havia preparado um coquetel molotov e o atirado próximo à um centro comercial. Os estragos parecem quase nulos vistos do quarto de hotel em que se hospedava. No entanto, restos de frutas, papéis e objetos de todos os tipos flutuavam pelo horizonte, cobertos por uma fumaça grossa e mau cheirosa. Por esse motivo, Lewis soltou um leve sorriso. Consequências da “leve” explosão. Moradores gritando e correndo desgovernados, sem rumo, sem proteção, sem suas faces. O desfoque era seu principal objetivo e, acreditava que tudo, tinha um propósito. Alguns gritos foram cruciais para tornar esta celebração ainda mais intensa. Trilha sonora sincronizada, sirenes contínuas e verdadeiros fogos de artifício. Assistindo tudo de camarote de sua janela, tudo parecia sob controle. Porém, o responsável se recorda de quando olhava por entre seus dedos todo o estrago que havia causado e, por fim, ele desiste de encontrar um motivo sensato que justificasse essa festa de corpos voadores.
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