19 de jun. de 2011

Segure o botão...


Por que você não me atende? Achei que pudesse ligar a qualquer hora. Enfim, minhas sensações parecem ter retornado com força total. Observo o mundo, dirijo um conversível, bato na calçada. Tenho que lhe confessar que gostei bastante do seu casaco colorido de seis botões. Por esse motivo, virei consumista por dois dias. Só espero que consiga vender todas aquelas tranqueiras que comprei. Minhas pernas finalmente se cansam após a longa caminhada sem destino. Me perdi no estacionamento, achei que aquela loja fosse a Banana Republic. Tenho fôlego, converso e minha baixo-estima cresce a cada dia que passa. Uma sintonia eletrizante, onde sou o espectador desse mundo abstrato. Ao mesmo tempo, promessas me assustam. De tanto mentir, acabo acreditando nas coisas que eu digo. Tudo bem, o importante é que estou vivo.

15 de jun. de 2011

Furação



Em dias frios, soldados marcham.Eles esperam a tormenta passar, vestem suas armaduras e preparam seus escudos e lanças para o combate que ainda está por vir. Chegou a hora....paredes invisíveis se movem, árvores flutuam, derrubando ninhos, destruindo destinos. Aquela cadeira não parava de girar. Fechei meus olhos e, ao invés de esperar o tempo passar mais depressa, pensei que meu abajour fosse apagar de vez.