30 de mar. de 2011

A pack of cigarettes...

Baudelaire escreveu "As Flores do Mal" e, apesar de ser uma obra brilhante, não estava satisfeito. Eu ainda não escrevi nada de útil, porém tenho milhões de idéias implorando para serem transportadas para uma folha de caderno. O que acontece é que minha cabeça passa por uma confusão de emoções, como se fosse um carro de cinco assentos com portas e janelas trancadas num dia de verão. Imaginem só...
Tudo aquilo foi um erro. No entanto, percebo que uma parte de mim, por menor que seja, revive à cada hora que passa e, um de meus muitos pecados, é finalmente perdoado. Meu recorde de vinte cigarros foi quebrado ontem. E olha que não consumi ao menos uma gota de álcool. Uma tremenda decepção...
They know nothing; however, they have the language. So many questions without any logical answer. I could see ducks swimming and singing in my room, I wrote my name through the mirror and was able to see it after weeks. That was kinda creepy.

23 de mar. de 2011

There are no Lions in America


Imagine yourself in a group of four people, where you are the only one who does not speak their dialect, and the task is to discuss about your papers.

Por incrível que pareça, essa situação ocorreu hoje. Era o único "extraterrestre" no meio dessa terra de leões e águias. No entanto, fiz a diferença. Tinha algo a dizer, erros foram notados após uma intensa busca. Mesmo assim, foram minúsculos se comparados com o resto de meus "mates". Writing is something that is inside of you, there are no lessons, no frontiers, no characters without importance. It is possible to learn how to hold a pencil; however, the key for the imaginary world is still beyond it.

21 de mar. de 2011

Dois Lucas Espositos


Após o jantar, me lembrei dos cogumelos. É impressionante o quanto minha memória é fraca. Muitos a consideram um defeito, porém eu a considero uma de minhas virtudes. Poder esquecer tudo o que passei e, o pouco que me lembro se resume à desfoques. A única coisa fora do normal naquela noite foi a luz verde que enxerguei quando fechei meus olhos pela manhã. Três voltas de carro no quarteirão, bêbado. Quando estacionei, a chave não saiu do contato. Desespero. "Será que vou ter que dormir no banco do motorista? Eu saí pra comprar apenas um maço de cigarro; a Licor Store ainda estava aberta, eu juro". Desculpas esfarrapadas, mas difícil mesmo era esconder o sorriso que, há muito tempo se escondia por trás de minha barba. Encontrei-me de novo, abraçei os travesseiros e me dei conta de que não havia ninguém ao meu lado. Só pra constar, adorei ter tocado violão contigo.

18 de mar. de 2011

Borracha

Nesse exato momento, estou cercado por maços de cigarro, isqueiros, cadernos, garrafas d'água, papéis e canetas. Gosto de ser detalhista e, toda essa bagunça me completa. No entanto, ainda tropeço na escada e esqueço de lavar as minhas roupas. Todos sempre acabam desistindo, de uma forma ou de outra. Escuto pássaros cantando, aviões indo e vindo e seu império cair. Final feliz.

Go ahead, fake a smile...


Falsos são vocês. Tudo isso não passa de um jogo de interesses, onde sinceridade não existe e conversas são completadas por uma imensa lacuna. Seu narcissismo me enoja e, ao mesmo tempo, me impressiona. Sorrisos falsos e narizes de palhaço. Como pode ser tão fácil fingir que não existo? Tenho que lhe agradecer por abrir meus olhos. No entanto, ainda não atingi o estágio de futilidade em que você se encontra. Obrigado por me ensinar que amizade se limita a dividir a conta (em que sempre gasto menos), comprar meus discos de forma apressada, sem o mínimo prazer. Você não têm nada melhor a dizer? Queria ter coragem de soltar essas palavras engasgadas,sem medo de machucar niguém, do modo que você sempre faz. Afinal, defeito é uma definição que não existe. Existe, de fato, para mim. Quero que saiba que sei todos seus pontos-fracos. Da cabeça aos pés, literalmente. (haha) O quão vazia tu és me anima. Onde estão os hobbies diferentes, aventuras que despertam aquela vontade escondida? Vejo dois clones imperfeitos; repetições, relacionamento forçado, sem pequenos e importantes gestos. Uma história com um final definido, contagem regressiva e sarcasmo. Disfrutem sua insanidade enquanto o mundo real ainda gira.

15 de mar. de 2011

Chato...


Enfiei uma laranja inteira em minha boca e a cuspi com força dentro do lixo. Aquelas duas horas e meia me pareceram eternas. Estou farto de estudar sobre Political Science of the United States. Um saco. Tudo é tão concreto e sem graça. Quando o tédio bateu, escrevi constantemente no meu caderno. Balançei meus calcanhares e estalei os dedos de minha mão esquerda. Olhei em volta e o fiz por mais algumas vezes. Nenhum ser parecia estar interessado. O vento batia contra os folhetos sobre o mural. Também quero ser atigindo por uma onda gigante.

10 de mar. de 2011

Meio a meio...

Sofrer alucinações sem droga nenhuma. Dúvida. Estou me recuperando ou, de fato, enlouquecendo? Vejo rostos e sorrisos ao meu redor, gostaria que pelo menos uma pessoa compreendesse o que se passa em minha mente. A energia de minha aorta já se esgotou, impulsos não são mais ditribuídos pelo meu corpo. Sinto-me velho por ter perdido dois anos de minha vida. Não reconheço meus próprios polegares, meus pesadelos são divididos por propagandas e, inevitavelmente, sempre me atormentam. Eu converso com aquele tio estrangeiro, porém não há diálogo. Nada a não ser duas ou três frases sem nexo. Minha voz se cala, palavras custam a ser ditas. Não sou bipolar, tímido ou mesmo louco. Eu só acho que muitos lápis e cadernos ocupam a mesa do meu quarto. Sinto falta da hiperatividade.

3 de mar. de 2011

Flutue...



"Os raios solares estão cada dia mais fortes e, se sentir grande é apenas uma questão de escolhas. No meu caso, escolhi ser aquele garoto esquisito ao invés de ser um dos "cools" ou "potheads". Definitivamente, não me encaixo naquele mundo "perfeito". Meus pensamentos estão mais leves, escrevo e compreendo o que leio, Cadeiras de balanço atingem o céu em perfeita sincronia, enquanto espero o ônibus em frente ao supermercado. Gostei do seu chapéu e, apesar de parecer muito jovem, devia ter vivido quase os mesmos anos que eu. Embora a sanidade me conforta, ela também me assusta. Os pesadelos cessaram, porém ainda acordo no meio da noite com ataques de pânico. Para me acalmar, bebo uma garrafa inteira d' água em segundos. Abro um livro e leio qualquer página. O fecho imediatamente e cochilo por alguns instantes. Meu quarto, meu esconderijo."