9 de jan. de 2009

Irritação Momentânea

Passos silenciosos, atiro mais uma bituca ao redor das árvores. Até ontem, sabia quantas haviam, mas percebi que é estranho contar e por isso, me esqueci. Música de fundo um tanto quanto desconfortante. Fecho a porta com um pouco mais de cuidado do que na noite anterior. 8 de Janeiro, ansiedade a mil, meu espelho já perdeu o meu reflexo e só me restam alguns fios.Estou descuidado, despreparado talvez. Felicidade inconstante perante uma fria e silenciosa noite. Dor nas costas ausente, dor no peito presente, bem-vinda à minha casa, agora. Dias diferentes num lugar em que passei boa parte de minha vida. E aquela sessão de tortura informativa de fato, me incomodou. Percebi que sou menos inteligente do que pensava. Não me recordo sequer qual figura de linguagem me atrevi a escrever. Não ocorreu nada mais estranho, estou distante, mas rostos insistem em se aproximar. Bati o recorde do trajeto sofá-quarto e não me sinto tão inútil por isso. Até vi alguns filmes interessantes. Quero partir sem deixar “assuntos” pendentes. Entenda como quiser. Meus olhos ardem, perdi um pouco da noção e do sono. Ainda não chegou o Outono, porém folhas secas caem com insistência.

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